quinta-feira, 22 de maio de 2008

amores-amáveis.

és tu um amor-amável?

ou crias, diante do oceano de imperfeições que crês ter, todo o distanciamento de pontos opostos cardinais?

és tu um daqueles a morrer em medo de ser amado?

és um a cantar " você me odeia " ( leia-se du hast mich) com todo o corpo a negar paixão infinda pulsante, a ser entregue ao outro como presente?

és tu ser a isolar-te em si, a observar distante um amor que nunca acaba e consome-te?

és tu ser a aproximar-se de leve, a esperar resposta?



Deixa que o vento sussure as gentis palavras que quis entregar-te, em cores:
- não espera, vai.
não faça de ti algo num porvir,
história-não-escrita,
objeto inanimado,
vida-sem-pulso, se é que há.

Faça de ti isso não.
Escolha.
Escolha por viver a gritar o nome dela na rua,
e não por sussurar sozinho no escuro.
Escolha por tê-la em teus braços,
e não imaginá-la em sombras curvas solitárias em tua cama morna.
Escolha por beijá-la, à força, por força, com força,
e não por desejá-la em formato azedo, sonífero e cru, surreal.


Escolha atravessar por outro lado,
escolha agarrá-la pelos cabelos,
escolha viver. entregar. amar.


Faça de si um amor amável.















{Confesso-te: ela espera.
ela espera por ti, há muito.}






" Vai.
Não faça de ti um sonho a se realizar.
Vai."

Um comentário:

J. disse...

'se joga, beibe' :333
acho que vai se jogar. tem que se jogar. senão morre. seco, frio, triste. com sede dela, com sede disso que ele só vê na fumaça subindo no céu, essa liberdade incondicionada, branca-leve-fria-e-quente, indo lááá pras estrelas. vai. vão.
'e por amor..' (nerudeando :B), serão. ipiurra!