sábado, 26 de abril de 2008

Duração.










Sei, desde pequena, bem pequena, que nasci assim,

pra durar pouco.

Feito flor de supermercado.



Nasci quartifusa.



E nasci com missão de perfumar amigos,

colorir colegas,

abraçar estranhos.


Deixar pingos de guache de cores mistas pelos cantos,

pra lembrá-los, por todo dia,

por todo tempo,

principalmente o que eu não estiver mais aqui....


sorriam.




pelo amor, pela paz,

por celebração.





Divirta-se: visita esse site aqui e ame todos!

cor.



" Quero ser feliz e isso é amarelo."

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A dor é uma perspectiva errada.
De qualquer forma que seja sentida,
é prova de auto-sugestão.
Não um fato em si.
Qualquer forma que tenha
desaparecerá quando vista corretamente.


Um Curso em Milagres

domingo, 20 de abril de 2008

Descrença.

estou em estado de torpor, completo-absoluto.

tenho tanta coisa pra dizer, tanta.
tem um tanto dentro do meu peito que não sabe se chora, se agradece, se ri...

tiro folga do bloguinho por dois dias....quando eu conseguir rearranjar meu coração, volto.



p.s.: os sentimentos, atualmente, são descartáveis? ainda se ama alguém por mais de uma semana? as pessoas ainda sonham com outras pessoas? ainda existem amores de uma vida?

terça-feira, 15 de abril de 2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Delicadezas.

São as delicadezas.
Nasci assim, estranha.

Admiro o caminho das formigas. Acompanho, por detrás, com o dedo, o caminho traçado. Chegará a pequenina em seu destino? E será que seu destino era chegar?
Gosto tanto do orvalho em folhas. Quantas e quantas vezes acordei cedo, bem cedo, só pra deitar em grama úmida e sentir todos os humores da terra.
Adoro perninhas de pássaros, saltitantes, sempre em seus dois passinhos pulados. São a lembrança eterna de que, se não der certo, simplesmente dê dois pulinhos.
Amo caixinhas de música, ouvir a mesma pequena e delicada música por uma infinidade de vezes, incontável. E dar corda, recomeçando um ciclo.
Cheiro de livros , quaisquer. Perfume de jasmim, a qualquer hora. Vagalumes.
gatinhos, bolhas de sabão, cobertores, sonecas no ombro amado, violetas e azaléias.
amores vividos e sonhados, chicletes, café fresquinho, chá de todos os tipos.
Bolachinhas com formatos. papel de parede de pequenas flores, lençóis floridos, cheiro de talco de vó, desenho de criança, guache, fotos de verão. cinema com pipoca e mãos dadas com manteiga.
limonada suiça, morango com marshmellow. afago nos cabelos. sorriso e abraço de criança.
pular corda, pega-pega, amarelinha.
cantar canção de ninar até amanhecer.

tudo assim, contínuo.

coalas recheados.

suspiros pela noite adentro.







- queria eu ser menos intensa e só olhar a vida pela janela, a passar.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Cartinha.


Querido Coelhinho da Páscoa...

é, nós sempre tivemos dificuldades, né? Desde pequenina eu pedia ovos e vc pulava a minha casa. De tão triste que ficava, papai me levava na loja e me deixava escolher o que quisesse e falava que coelho, no final das contas, não punha ovos.

Mas agora sem o papai, ganhei ovos, um monte, de pessoas lindas. Devo um abraço pra cada uma, pq cada um daqueles ovos fez alguém feliz. Vou abraçá-los semana que vem, prometo.
Mas, ó, eu tô te escrevendo pq, vc lembra? Eu te pedi pra trazer de volta o presente de Natal que eu havia perdido, pq, ah, vc sabe como eu sou, ainda mais sem óculos : medrosa-medrosa-medrosa, mas de um jeito que...acho que apertei demais o presente ou desprezei, né? Pôxa, coelhinho, te pedi só isso, sem ovinhos, sem marcas de patinhas, sem bichinhos de pelúcia coelhinho. Era só vc ir lá, sussurar no ouvido e trazer de volta pro meu coração.

Coelhinho-coelhinho, acho que vc não é mau não. Acho que presente perdido é presente perdido, num é, e tadinho de vc, deve ter tentando e tentado e tentado. Pôxa. Obrigada, amiguinho.

E como sei que vc é um coelhinho batuta, eu acho que vc aprontou uma pra mim : passou em outro endereço e sussurou, aiaiai. E eu, medrosa, desesperei.

é esse o presente, coelhinho? Se for, dá pra vc por favor ir até lá e dizer q eu sou molenga, boba e pequena e qualquer machucadinho em mim doí muito? Diz? Só isso, tá bom. O resto é meu coração que tem de aprender, é ou não é?


Enfim, coelhinho, obrigada, viu? Cê é bacana.
beijoca na sua orelhinha direita.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

brotar.




Todo dia é um nascer de novo, né?

E nascer dói.

mas, depois que brota, se cresce, nascem as flores e frutifica-se.

Juro, juro pra vc que senti meu primeiro galhinho brotar hoje.














"nada te turbe, nada te espante, ... todo passa."

quarta-feira, 2 de abril de 2008



Manhã ensolarada é presente, não?
- feche os olhitos um pouco agora, agradece esse presente que recebeste hj, assim, por nada-


Estou em um dia de jejum e de silêncio.
Sem palavras e sem comida, nada-nada, nem-uma, nem-outra. Faço vezenquando, pra limpar. Pra limpar por dentro das vozes incessantes que me criticam por todo tempo, e pra limpar de tanta porcaria que como. Se não aguento, falo só bom dia, ou só atendo o telefone e falo o mínimo possível. Ou como uma maçã. Só.

Enjoy the silence.
é difícil, não? Vivemos em um mundo barulhento. Mas acho mesmo que o pior são essas vozes internas, dizendo isso, não-isso, vc é isso, vc não é aquilo. O jeito é calar, pra conseguir ouvir o silêncio por detrás.


Nos primeiros minutos, é desesperador, te garanto. Pq a voz fica forte, e começa a te mandar fazer e dizer e pensar um monte de coisas estúpidas. Depois de dez minutos, fica insuportável : ela grita, grita forte mesmo, te chamando das coisas mais grosseiras que alguém te chamaria. E, olha, a voz interna pega pesado, viu? Pq ela sabe tudo de vc.


Essa vozinha interna chama-se ego. Então vc continua mudo, pq depois de todo esse princípio angustiante, depois de tanto berrar o ego fica calminho e o superego ( o amigo dele fortão e ainda mais acusador q ele ) , deixa pra lá. O superego, por ser super, vai esperar aquele super momento que vc der uma super mancada e vai lá, sentar e ficar : blablabla eu avisei, oi, vc é um babaca.

Então, geralmente depois de uma hora ( ou de duas, se vc for uma pessoa muito ativa ), as vozinhas cessam, ou vão ficando cada vez mais distantes.


Aí, lá de dentro, mas bem de dentro mesmo, começa a se abrir uma flor, chamada contentamento. é uma sensação que vc já sentiu em algumas vezes na vida, mas, muito poucas. Dá pra sentir todo dia, sabia? e é tão bom.


Depois que as vozes críticas da mente se calam, a doce voz do coração aparece. E transborda amor, carinho, segurança. Alguns momentos ouvindo ou só sentindo esse amor são capazes de mudar tua vida. Tenta.


Reserva duas horas pra vc. Senta num lugar que vc ame, sem livro, sem música. Só sente, da forma que quiseres, e fique quietinho. Só isso.



Deixa o amor brotar de ti, e, olha, ele vem.