quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Não sei bem de onde veio esse pequeno em mim.
Acho que veio dos dias, sabe?
No fim e no começo também é como me sinto, assim, coroada, no meu pequeno-pequeno reino de livrinhos moídos, músicas que moram em discos brilhantes e outras que se apertam em espaço de Condomínio Privado Único, saquinhos de chá variados a morarem todos juntos, sem suas caixinhas de mercado. Sou assim, ué, chinelo de joaninha cor-de-rosa e unhas vermelhas, Piaf e Elvis, lápis de cor, trufas de chocolate.

Pôxa, mas num vezenquando, chateio-me, confesso. Leio por aí, nesses diários abertos pelo mundo, histórias de moças, moças que cresceram, ousaram mulher, arrancaram os laços, são saltos. *suspiro*

Eu, ás vezes, bem-ás-vezes, sou assim, mas é como personagem a precisar de figurino, palco, maquiagem. E aí, oia só, a mulher de dentro de mim é brava, séria, de dedos longos, a fumar feito Dietrich, olhos de lince em caça, a pisar em moço que se oferecer.

Credo! Sou eu, é?

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