E por hoje no pequeno reino, reuniram-se pequeno morcego e pequeno besouro de zóinhos puxados, sentados, olhando pra casinha.
- E z'agora, mo'cego?
- Num sei, num sei.
Balança a cabeça diante do tudo que a casinha se tornou e diante do nada do que agora é.
Há de um dia embebedar-se de novo de coca-cola, como no primeiro dia em que dependurou-se em teia de aranha.
B'souro sorri, como sempre. Ele sabe, né? Nasceu é pra discotecar tum-tum.
E a rainha aqui vos fala, logo-logo os bichitos voltam pro habitat, tenho certeza. Pq rainha que é rainha resolve tudo num bater de saltos, não?
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Caracolino.

Caracol acordou hoje com olhinhos remelentos.
Esfregou a cabecinha no chão, olhitos fechados.
- Dá pra ver.
Foi até a banca de jornais.
L-e-n-t-a-m-e-n-t-e.
Lá, viu papelzinho no chão, recorte de manchete:
"Leite com aditivos teve aumento nos preços, no decorrer do ano,
de 103%".
Infla o peitinho viscoso, chacoalha as antenas-olhos atordoado.
Enfim:
- Pumba! É soda isso, hein-hein?
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Não sei bem de onde veio esse pequeno em mim.
Acho que veio dos dias, sabe?
No fim e no começo também é como me sinto, assim, coroada, no meu pequeno-pequeno reino de livrinhos moídos, músicas que moram em discos brilhantes e outras que se apertam em espaço de Condomínio Privado Único, saquinhos de chá variados a morarem todos juntos, sem suas caixinhas de mercado. Sou assim, ué, chinelo de joaninha cor-de-rosa e unhas vermelhas, Piaf e Elvis, lápis de cor, trufas de chocolate.
Pôxa, mas num vezenquando, chateio-me, confesso. Leio por aí, nesses diários abertos pelo mundo, histórias de moças, moças que cresceram, ousaram mulher, arrancaram os laços, são saltos. *suspiro*
Eu, ás vezes, bem-ás-vezes, sou assim, mas é como personagem a precisar de figurino, palco, maquiagem. E aí, oia só, a mulher de dentro de mim é brava, séria, de dedos longos, a fumar feito Dietrich, olhos de lince em caça, a pisar em moço que se oferecer.
Credo! Sou eu, é?
Acho que veio dos dias, sabe?
No fim e no começo também é como me sinto, assim, coroada, no meu pequeno-pequeno reino de livrinhos moídos, músicas que moram em discos brilhantes e outras que se apertam em espaço de Condomínio Privado Único, saquinhos de chá variados a morarem todos juntos, sem suas caixinhas de mercado. Sou assim, ué, chinelo de joaninha cor-de-rosa e unhas vermelhas, Piaf e Elvis, lápis de cor, trufas de chocolate.
Pôxa, mas num vezenquando, chateio-me, confesso. Leio por aí, nesses diários abertos pelo mundo, histórias de moças, moças que cresceram, ousaram mulher, arrancaram os laços, são saltos. *suspiro*
Eu, ás vezes, bem-ás-vezes, sou assim, mas é como personagem a precisar de figurino, palco, maquiagem. E aí, oia só, a mulher de dentro de mim é brava, séria, de dedos longos, a fumar feito Dietrich, olhos de lince em caça, a pisar em moço que se oferecer.
Credo! Sou eu, é?
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